Era uma caminhada silenciosa que Ikki e Pandora estavam fazendo rumo ao Muro das Lamentações. Silenciosa demais na opinião de Ikki. Para quebrar o silêncio, ele perguntou à Pandora sobre toda a vida dela e a resposta veio entre lágrimas misturadas com recordações tristes. Ikki suspirou e disse:
- Tente reclamar menos.
- Como eu posso reclamar menos se a minha vida foi uma merda do meio até o fim.
- Sua vida ainda não acabou.
- Quando Thânatos e Hypnos me encontraram pela primeira vez, foi como ter o inferno nas mãos.
- E você o tem. Literalmente.
- Pensa que eu não sei?!
Quando viu que uma lágrima escorreu pelo rosto dela, Ikki ficou de frente a ela e disse:
- Pensa que eu também não tive uma péssima vida?
- Não duvido de suas palavras.
- Vou te contar a verdade, minha primeira namorada foi assassinada pelo pai adotivo. Sofri muito durante aquele tempo e transformei a minha tristeza em fúria. Destruí todos os meus sentimentos bons e isso só me fez mal apesar de ser fruto de algo que me fez tão bem: a amizade de Esmeralda.
- Amizade?! Pelo que você acabou de dizer ela parecia ser a sua namorada.
- Não deu tempo.
- Sinto muito.
- Não precisa sentir. Aprendi a transformar as minhas lembranças ruins em ensinamentos para minha vida como cavaleiro de Atena.
- Quais?
- Passei tantas vezes pelo Inferno que não havia outra forma de encarar.
- Diga-me. Estou com uma sensação estranha sobre isso...
- Limpe os ouvidos antes de escutar.
Ikki pegou-a para dançar e ela perguntou:
- O que pensa que está fazendo?!
- Confie em mim.
Pandora sorriu e ele começou a cantar enquanto olhava-a profundamente, decifrando e libertando todas as emoções boas que há tanto tempo estavam guardadas...
“Tô numa boa, tô aqui de novo
Daqui não saio, daqui não me movo
Tenho certeza, este é o meu lugar
ah ah
Tô numa boa, tô ficando esperto
Já não pergunto se isso tudo é certo
Uso esse tempo pra recomeçar
ah ah”
Percebendo um meio-sorriso se formando nos lábios tristes de Pandora (talvez o único entre tantos anos), Ikki também sorriu para ela e continuou a cantar...
“Doeu, doeu agora não dói, não dói, não dói
chorei, chorei agora não choro mais
toda mágoa que passei
é motivo pra comemorar
pois se não sofresse assim
não tinha razões pra cantar
há há há há há
mas eu tô rindo à toa
não que a vida seja assim tão boa
mas um sorriso ajuda a melhorar
ah ah
e cantando assim parece que o tempo voa
quanto mais triste mais bonito soa
eu agradeço por poder cantar
lalaia laia laia iô!!!”
Ao fim da música, os dois pararam de dançar e Pandora comentou, enquanto ainda sorria:
- Sabe, estava com a sensação de que iriam me matar em poucos momentos e...
Acho que não preciso dizer que a premonição da doce Pandora estava certa e, pelo menos neste songfic, suas últimas palavras para Ikki foram diferentes:
- Obrigada por tornar agradáveis os meus últimos momentos no Inferno. Sabia que um dia um daqueles gêmeos me matariam dessa forma...
- Sh! Não diga mais nada.
No que ela fechou os olhos, Ikki acariciou o rosto dela e beijou profundamente os lábios gelados daquela que nunca fora beijada antes e disse:
- Durma tranqüila, doce Pandora.
Deixando-a com o terço de Shaka, Ikki seguiu seu caminho, tendo sempre em lembrança o momento inocente em que tirara Pandora para dançar naqueles últimos momentos da vida dela que servirão como a lembrança mais agradável e recente de dois sarcásticos no Inferno.
- Tente reclamar menos.
- Como eu posso reclamar menos se a minha vida foi uma merda do meio até o fim.
- Sua vida ainda não acabou.
- Quando Thânatos e Hypnos me encontraram pela primeira vez, foi como ter o inferno nas mãos.
- E você o tem. Literalmente.
- Pensa que eu não sei?!
Quando viu que uma lágrima escorreu pelo rosto dela, Ikki ficou de frente a ela e disse:
- Pensa que eu também não tive uma péssima vida?
- Não duvido de suas palavras.
- Vou te contar a verdade, minha primeira namorada foi assassinada pelo pai adotivo. Sofri muito durante aquele tempo e transformei a minha tristeza em fúria. Destruí todos os meus sentimentos bons e isso só me fez mal apesar de ser fruto de algo que me fez tão bem: a amizade de Esmeralda.
- Amizade?! Pelo que você acabou de dizer ela parecia ser a sua namorada.
- Não deu tempo.
- Sinto muito.
- Não precisa sentir. Aprendi a transformar as minhas lembranças ruins em ensinamentos para minha vida como cavaleiro de Atena.
- Quais?
- Passei tantas vezes pelo Inferno que não havia outra forma de encarar.
- Diga-me. Estou com uma sensação estranha sobre isso...
- Limpe os ouvidos antes de escutar.
Ikki pegou-a para dançar e ela perguntou:
- O que pensa que está fazendo?!
- Confie em mim.
Pandora sorriu e ele começou a cantar enquanto olhava-a profundamente, decifrando e libertando todas as emoções boas que há tanto tempo estavam guardadas...
“Tô numa boa, tô aqui de novo
Daqui não saio, daqui não me movo
Tenho certeza, este é o meu lugar
ah ah
Tô numa boa, tô ficando esperto
Já não pergunto se isso tudo é certo
Uso esse tempo pra recomeçar
ah ah”
Percebendo um meio-sorriso se formando nos lábios tristes de Pandora (talvez o único entre tantos anos), Ikki também sorriu para ela e continuou a cantar...
“Doeu, doeu agora não dói, não dói, não dói
chorei, chorei agora não choro mais
toda mágoa que passei
é motivo pra comemorar
pois se não sofresse assim
não tinha razões pra cantar
há há há há há
mas eu tô rindo à toa
não que a vida seja assim tão boa
mas um sorriso ajuda a melhorar
ah ah
e cantando assim parece que o tempo voa
quanto mais triste mais bonito soa
eu agradeço por poder cantar
lalaia laia laia iô!!!”
Ao fim da música, os dois pararam de dançar e Pandora comentou, enquanto ainda sorria:
- Sabe, estava com a sensação de que iriam me matar em poucos momentos e...
Acho que não preciso dizer que a premonição da doce Pandora estava certa e, pelo menos neste songfic, suas últimas palavras para Ikki foram diferentes:
- Obrigada por tornar agradáveis os meus últimos momentos no Inferno. Sabia que um dia um daqueles gêmeos me matariam dessa forma...
- Sh! Não diga mais nada.
No que ela fechou os olhos, Ikki acariciou o rosto dela e beijou profundamente os lábios gelados daquela que nunca fora beijada antes e disse:
- Durma tranqüila, doce Pandora.
Deixando-a com o terço de Shaka, Ikki seguiu seu caminho, tendo sempre em lembrança o momento inocente em que tirara Pandora para dançar naqueles últimos momentos da vida dela que servirão como a lembrança mais agradável e recente de dois sarcásticos no Inferno.
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