sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Sonhos despedaçados

Sonhei, sonhei, sonhei...
cansei de sonhar,
se a infelicidade no amor
insiste em me encontrar...

Não sei, nada sei,
se tudo fosse diferente,
poderia ter um amor,
alguém a quem doar tudo que se sente...

Traumas, marcas, lágrimas...
pode parecer muito cruel
mas é o que muitos já viveram,
é algo cotidiano nesse Brasil...

Brasil, quantas vezes terei de repetir
o mesmo nome com tanta raiva?
Brasil, será que um dia me orgulharei de ser sua filha
ou viverei sempre com a certeza de uma arma apontada
para a minha cabeça?

Brasil, muitos já perderam a esperança de vê-lo mudar!
Muitos aceitaram a derrota, muitos estão certos em não perdoar,
a felicidade esperada já era, a morte pode a qualquer pessoa surpreender
porque estamos nesse país falido de justiça a quem vier a merecer!

Abram os olhos, brasileiros!
E lutem por seu ideal...
Porque o Brasil perfeito
parece estar nas mãos de políticos
que só querem saber do capital...

Quantas pessoas irão morrer?
Quantas famílias irão se perder?
Disso eu nada sei, a verdade é que
ao buscar a verdade nesse país de mentiras,
foi tudo o que eu jamais encontrarei...

Sonhar? Ainda me deixam fazer isso?
Parece que sou só eu que sonho com algo melhor,
nada é eterno, e nem os sentimentos
daquelas pessoas que sofrem por estarem só...

Diga-me, meu Senhor,
encontrarei a tal da felicidade?
Dize-me que ela está presa em meus sonhos.
Tudo bem, viverei a minha vida
sempre a dormir...

Veja meu Slide Show!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Lágrimas

Tanto tempo se passou
e marcas do passado
teimam em voltar,
lágrimas escorrem pelo meu rosto,
quando isso vai mudar?

Lembranças tristes e que trazem de volta a dor
algumas estão relacionadas ao amor,
e outras? Bom, não vou comentar sobre essa dor.

Lágrimas voltam junto com as lembranças,
de modo inesperado, não desejo lembrar de meu primeiro amor
e relacionar tudo com o sufoco
pelo qual estou passando agora.

Sinto sua falta, não sabes o quanto,
podiamos ser apenas crianças naquela época,
e nem imaginei que a minha resposta
pudesse interferir em uma vida inteira.

Sinto sua falta, meu amor,
sua imagem acompanha-me em sonhos,
sua voz consola-me,
e seu beijo, envolve-me.

Mesmo assim, continuo desejando
que um dia nos encontremos novamente
e terminemos nossa história
com um final feliz.

Te amo!

Identidade

"Alguns acham que sou CDF por ler muito
Outros acham que sou louca por querer sempre respeito
Muitos me chamam de confusa porque não tenho muitos amigos
E eu respondo que eles estão certos para pararem de me encher o saco"

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

"Call me when you're sober"

Marin estava nervosa, aquela era a última vez que ela ficava esperando por Aioria. Todas as vezes que ela ficava esperando até tarde, Aioria aparecia sóbrio e sonolento. Não lhe dava a atenção da qual ela necessitava e a ficava tratando como criança.
Naquele mesmo dia, ele chegou às 23 h. para um encontro que estava marcado para as 19 h., desta vez, não parecia tão sóbrio quanto das outras vezes, mas, já veio se desculpando:

- Marin, desculpe-me! Eu acabei dormindo por causa do stress que anda aquele santuário e...

- Não me interessa Aioria! Essa foi à gota d’água!

- Compreenda querida Marin! Eu te amo muito e...

- Saia daqui!

- Me dê mais uma chance, Marin! Por favor!

- Não! Vá embora!

Uma lágrima quente escorreu pelo rosto de Aioria, ele não conseguiu se mover. Marin se virou e começou a cantar:

“Don’t cry to me.
If you loved me, you would be here
with me.
You want me, come find me.
Make up your mind.

Should’ve let you fall,
Lose it all,
So maybe you can remember
yourself.
Can’t keep believing,
We’re only deceiving ourselves,
And I’m sick of the lies,
And you’re too late.

Don’t cry to me.
If you loved me, you would be here
with me.
You want me, come find me.
Make up your mind.

Couldn’t take the blame,
Sick with shame.
Must be exhausting to lose your own
game.
Selfishly hated,
No wonder you jaded,
You can’t play the victim this time.
And you’re too late.

So, don’t cry to me.
If you loved me, you would be here
with me.
You love me, come find me.
Make up your mind.

You never call me when you’re
sober,
You only want it ‘cause it’s over – it’s
over.

How could I have burned paradise?
How could I, you were never mine’.

So, don’t cry to me.
If you loved me, you would be here
with me.
Don’t lie to me, just get your things.
I’ve make up your mind.”

Aioria abriu a boca para dizer algo, mas, a voz não saiu. Marin virou-se, caminhou até ele e encostou um de seus dedos sobre os lábios dele, no que viu que ele lhe olhava profundamente nos olhos, disse:

- Pode não me entender agora cavaleiro, entenderá no momento certo! Saia da minha casa!

- Marin, eu...

- Saia! Não torne isso mais difícil do que já está sendo para mim!

Aioria não falou nada, pegou uma das mãos dela e beijou. Saiu e fechou a porta. Marin chorou um pouco mais sozinha, mas, falou consigo mesma:

- Isso tinha que ser feito! Não importa mais o quanto machuque o meu ou até mesmo o nosso ingênuo coração.

Tanto Aioria quanto a própria Marin não conseguiram dormir naquela noite. Lembravam-se dos bons tempos juntos: não conseguiam dormir juntos por causa da fome que tinham e que tentavam saciar durante umas curtas noites, mas, agora que estavam separados, iria levar algum tempo para que se acostumassem com um espaço vazio na cama...

Levando ao pé-da-letra

Mutano estava chateado, não compreendia os motivos pelos quais Ravena não falava mais com ele e em todas as batalhas em que precisavam lutar juntos ela o ignorava, o salvava se fosse preciso, mas nem ficava para ouvir os agradecimentos... Quando voltaram para casa, Ravena foi direto para o seu quarto e Mutano ficou na sala junto com todos os que restaram, ele estava perto de Ciborgue que murmurou para ele:

- Quer saber o que a Ravena quer de você?

- Eu só quero saber por que ela não fala mais comigo!

- Elementar, meu caro Watson! Siga-me até o meu escritório!

- Watson?! Quem é ele?! E quem disse que você tem escritório?!

- Siga-me e cale a boca!

- Tá bom!

E Ciborgue o levou até o seu quarto, estranhando tudo, Mutano perguntou:

- Não sabia que o seu quarto tinha um novo nome!

- Cala a boca e me escuta!

- Tudo bem! O que é que você quer me dizer?!

- Quero lhe propor algo...

- Se for algo que inclua você no cardápio, eu tô fora!

- Claro que não, seu bundão! É sobre a Ravena...

- Ravena?!

E depois deste instante, Mutano fechou os olhos e ficou imaginando Ravena por um longo momento... Depois de quinze minutos, viu-se ser sacudido por Ciborgue:

- Acorda! Acorda!

- Hein?! O quê?!

- Tu chupa o dedo?!

E lá estava Mutano, com o dedão na boca... Tirou o dedo da boca e respondeu:

- Eu só chupo o dedo quando estou pensando na Ravena e...

- Então isso deve acontecer contigo sempre!

- Cala a boca, Cib! Diga logo o que quer dizer!

Ciborgue pensou um pouco e fazendo cara de Sherlock Holmes, começou a responder:

- Convide-a para jantar fora junto com você...

- Hã?!

- Isso! E quando voltarem e que ela já estiver mais a vontade com você, solte a fera que existe dentro de você!

- Soltar a fera que existe dentro de mim?! Tem certeza de que é seguro?!

- Claro que sim!

- Tudo bem! Farei isso!

- Faça e se sentirá bem melhor com relação a ela!

Mutano saiu do quarto de Ciborgue e viu que Ravena não estava lá, decidiu ir ao quarto dela e a viu virada para a janela, a galinha gigante que ele havia ganhado para ela no parque de diversões estava sobre a estante lotada de livros que ela tinha, Ravena continuou de costas para ele enquanto perguntou:

- Não aprendeu a bater na porta antes de entrar?!

- Não venha com sermões para cima de mim agora, Ravena! Quero lhe propor algo...

- E o que seria?!

- Convida-la para jantar fora comigo esta noite... Aceita?!

- Eu... Eu...

- Qual é a resposta?!

- Tudo bem! A que horas?!

Mutano quase engasgou ao responder:

- Às 19 hrs.

- Tudo bem então, não venha me perturbar até esta hora!

- Claro!

E Ravena voltou a olhar para a janela, assim que Mutano saiu, Ciborgue perguntou baixinho:

- E aí?! Rolou?!

- Eu... Eu... Acho que sim!

Respondeu baixinho para que Ravena não desconfiasse de nada e depois disso foi para o seu quarto, esperar pela noite que podia ser a mais longa de toda a sua vida, só restavam mais três horas para o jantar que ele havia combinado com Ravena...

- É agora ou nunca, Mutano! Então, vê se não dá vexame na hora!

Era o que Mutano repetia para si mesmo a todo o momento enquanto deitava-se em sua cama para relaxar um pouco...
Chegando à hora, Mutano levantou do mesmo modo que estava, passou um perfume, colocou gel brilhante no cabelo e foi bater à porta do quarto de Ravena, ela abriu a porta, estava maravilhosa aos olhos de Mutano, estava com a mesma roupa que usava sempre assim como ele estava já ia colocar o dedão na boca quando Ravena perguntou:

- Tu chupa o dedo?!

- Eu... Não! Eu só queria dizer que você está linda!

- Ah, e você está o mesmo traste de sempre, podemos ir?!

- Claro! Claro!

E quando os dois saíram, Robin perguntou:

- O que é que está acontecendo aqui?!

- A Ravena topou ir jantar com o Mutano!

- Isso eu sei, mas, por quê?!

- Parece que a minha atuação como Sherlock Holmes deu um empurrãozinho nele!

- Ciborgue, você não tem jeito mesmo! E se acontecer algo errado?!

- E o que poderia acontecer?! Ele até chega ao ponto de chupar o dedão por ela!

- Chupar o quê?!

- Esqueça! Talvez seja muita informação para muito pouco tempo...

Na rua, Mutano fazia de tudo para fazer Ravena sentir-se bem ao lado dele:

- E então, Raveninha?! Aonde quer jantar?!

- Achei que me prepararia uma surpresa...

- Ah, então eu já sei aonde ir!

- Por favor, que não seja nenhum restaurante vegetariano!

- E não é! Venha comigo!

E pegou na mão dela... Tal ousadia da parte dele a fez ficar mais vermelha que um pimentão, mesmo gostando dele não se sentia preparada para começar a gostar dele de verdade...
Foram até um restaurante de sopas, pelo menos ali, Mutano poderia escolher algo para ele e Ravena poderia ficar a vontade para escolher o que quisesse para ela... Sentaram-se numa mesa e pegaram o cardápio, Mutano não demorou muito para escolher:

- Me traga uma sopa de cenoura e tofu, por favor!

- Sim senhor! E para a senhorita?

- Me traga o mesmo!

- E para beber?

- Nada no momento, obrigado!

Depois de falar isso, Mutano olhou para Ravena surpreso e perguntou:

- Bateu com a cabeça?! Você mesma disse para eu respeita-la por não comer carne de mentira...

- Resolvi experimentar hoje!

- Então tá! Vou me submeter ao teste com o seu chá-de-ervas ao amanhecer...

- Se não quiser, eu entendo!

- Esqueça tudo no momento, Ravena!

Os dois calaram-se quando as sopas foram postas à mesa... Ao terminarem de tomar a sopa e o garçom veio retirar os pratos, Mutano pediu:

- Traga-nos uma garrafa do melhor vinho da casa!

- Vinho?! Mas, isso não combina em nada com sopa!

- Confie em mim!

Ravena estava desconfiada, aquele jantar não estava sendo apenas um encontro entre amigos e ela não sabia onde iria acabar apesar de a resposta estar sendo muito clara... Ravena sentiu a cabeça doer um pouco após tomar a última taça de vinho, Mutano perguntou:

- Está passando bem, Ravena?!

- Eu tô legal! Quero voltar para casa agora!

Mutano pagou a conta e foi caminhando devagar junto com Ravena (que estava meio dopada), quando ela quase caiu no chão, Mutano a carregou no colo até a Torre Titã...
Chegando lá e vendo que não tinha ninguém acordado, Mutano a levou até o quarto dela e a deitou na cama, aproximou sua cabeça da dela e perguntou:

- Tudo bem agora? Eu vou pro meu quarto e...

- Não... Não agora! Fique comigo!

- Hã?!

- Durma comigo! Fique comigo!

- Tem certeza de que está passando bem?!

Ravena respondeu com um beijo, Mutano assustou-se com a ousadia dela, mas tentou acariciar-lhe o corpo, Ravena interrompeu o beijo e disse:

- Não se atreva!

- Tudo bem, meu anjo! Iremos aos poucos!

Mutano começou a beijá-la lentamente e ouviu a voz de Ciborgue repetir na sua cabeça...

“Liberte a sua fera, Mutano! Liberte a sua fera agora!”

Mutano ficou pensando consigo mesmo...

“Espere um pouco, Cib! Ainda preciso escolher a minha fera interior!”

E adormeceram abraçados durante um bom tempo depois...
Antes de amanhecer, Mutano pensou consigo mesmo:

“É agora!”

Ravena acordou se sentindo estranha e com uma dor de cabeça insuportável:

- O que aconteceu?! Mas, o que é isso?!

Ao abrir os olhos e sentir uma pata peluda em cima dela, Ravena deu um grito tão estridente que aquele que estava na cama dela caiu, ela puxou o lençol para envolver o corpo dela que estava apenas com calcinha e sutiã, Ciborgue abriu a porta e perguntou:

- O que aconteceu aqui?! Como andam as coisas, Mutano?!

- Mutano?!

Ravena olhou de novo para o chão e viu Mutano de calção, Ciborgue balançou a cabeça de um lado para o outro e disse:

- Meu caro Watson, você levou todos os meus conselhos ao pé-da-letra!

- Ciborgue! Você mandou esse nojento me chamar para jantar?!

- Eu apenas o aconselhei e ele aceitou a culpa não foi minha!

- Saia do meu quarto agora, Ciborgue!

- Só mais uma coisa...

E dando um olhar muito sugestivo para os seios dela, ele disse:

- Seus seios são lindos!

- Eu acabo com você depois! Saia daqui agora e não deixe ninguém mais entrar!

Depois que Ciborgue saiu, Ravena olhou com fúria para Mutano que já foi respondendo:

- Não foi culpa minha! O Cib disse para eu leva-la para jantar e depois disso, soltar a fera que existe dentro de mim, acho que eu escolhi errado e...

- Cale a boca e me diga tudo o que aconteceu ontem depois que voltamos para casa!

- Eu já ia sair do quarto depois que te deixei, mas você pediu para eu ficar e eu fiquei...

E Mutano ficou imaginando a cena, ele a beijava e ficava pensando na música “Beija! Beija! Tá calor! Tá calor! Eu não quero só beijar, mas, também fazer amor!” não contou isso para ela, ela começou a dizer:

- Mutano, saia daqui agora!

- Não quer nem saber o que aconteceu depois?!

- Eu sei tudo o que aconteceu depois! Só preciso de um tempo sozinha, saia daqui agora!

- Ravena, eu posso explicar e...

- Não precisa explicar o que não aconteceu! Deixe-me sozinha, por favor!

Mutano recolheu as suas roupas do chão e saiu do quarto! Ravena continuou lá, pensando consigo mesma e se perguntando:

- Devo perdoá-lo ou não? Não sei! Minha cabeça não consegue compreender o que estou sentindo!

Do lado de fora, Mutano encontrou a Ciborgue e aos outros, balançou a cabeça e sentou-se próximo à TV, pegou o seu joystick e começou a jogar sozinho no PS2. Robin não comentou nada, mas ouviu um estrondo do lado de fora e disse:

- Titãs! Problemas!

- É, parece que não posso nem suportar os meus problemas! Eu não tô a fim de ir e para sua sorte eu o conselho a não perturbar a Ravena!

- Tudo bem! Ciborgue e Estelar vamos!

Assim que os três saíram, Mutano nem precisou ir ao quarto de Ravena para desculpar-se porque quando se virou, viu que Ravena já estava lá, preparando o seu chá-de-ervas, ela perguntou:

- Por que não foi com os outros?!

- Queria pedir desculpas por ontem e...

- Você não tem motivos pelos quais se desculpar, Mutano... Sou eu que devo pedir seu perdão...

- Por quê?!

- Não sei lidar com os meus sentimentos.

- Isso não é problema, teremos muito tempo para nos acostumarmos um com o outro, se você me der mais uma chance de...

Ravena estava com os olhos fechados quando começou a dizer:

- Você fez algo comigo durante a noite?!

- Não. Eu só fiz o que o Ciborgue havia sugerido...

- E o que ele sugeriu realmente?

- Algo como “Solte a fera que existe dentro de você”... E foi no que eu me tornei, não é mesmo?! Eu já havia dito antes...

“Ah Mutano! Como você é bobinho.”, mas ao invés de dizer isso, apenas chamou-o dizendo:

- Só quero dizer que adorei a sopa de cenoura com tofu.

- É mesmo?!

- Sim, e você deve cumprir com a sua promessa.

- Qual promessa?!

- Se submeter ao teste com o chá-de-ervas ao amanhecer...

Mutano sorriu e Ravena ficou com o seu rosto mais sereno, aquele seria apenas o começo de algo que prometia todos os anos de suas vidas. Tudo bem, sejamos mais realistas, com muitas discussões de relacionamento e ciúmes.

Marie Jolie

Irmã gêmea do Petit Gateau,
gatinha dos olhos verdes claro . . .
seu irmão tinha olhos cinzas,
dos quais à sua companhia,
penso noite e dia . . .

Gatinha linda e dengosa,
que dorme em meu colo
e de minha companhia gosta
pois meus carinhos e em meus abraços,
ronrrona e se enrosca . . .

Bolinha de pêlo saltitante e elegante,
da qual todos apreciam sua beleza . . .
seu andar é de princesa,
seu olhar é realeza,
e o jeito como vives
é de rainha . . .

Gatinha bela . . .
não tem o sapatinho como a Cinderela,
com seus olhos verdes encanta
à mim que te amo,
e contigo pretendo sempre estar . . .
gatinha tão linda,
sua luz veio me iluminar e tirar meu choro . . .
a saudade do seu irmão
permanece em meus sonhos,
mas no sonho ele me pediu
pra cuidar de você
com um jeito todo gentil . . .

Agora dorme em meu colo,
minha doce rainha . . .
a noite chegou,
durma com os anjos,
pense no Petit Gateau . . .
Marie !

When the dream ends

Meu coração parou de pulsar neste momento...
algo dentro de mim
diz que meu gatinho morreu...

Apenas dois meses,
nem chegaram a ser três...
logo na véspera de Natal,
sinto meu coração doer cada vez mais...
não posso me conter,
não queria abandonar-te jamais...

Se pudesse prever
esse destino tão inesperado,
morreria antes
para não precisar sentir todo esse sofrimento...

Lágrimas de sangue mancham meu rosto,
que bobagem, ainda não morri...
queria estar junto a ti,
não queria que morresse,
queria que vivesse...
jamais sofresse
e sempre brincasse de sorrir
escondidinho,
junto a mim...

Para quê serve a vida?

Perguntei às estrelas:
Para que vivemos
se em quase todos os dias
assassinatos, acidentes de carro, suicídios
são mostrados na TV e vistos na realidade?

Pergunto a mim mesma:
Por que estou aqui
se tudo parece não fazer sentido?
Se a vida é destinada à morte
sem liberdade de escolha?

Não posso compreender...
Adultos morrem,
crianças nascem mortas,
adolescentes suicidam-se...

Animais são atropelados,
pessoas sem coração riem de sua dor...

Sinceramente, acho que tudo isso
é a falência do que poderia ser
uma vida feliz...

Mesmo sem poder falar,
mesmo sem poder me compreender...
O cachorrinho que foi atropelado hoje
por um carro que estava atrás do meu
merece uma palavra de carinho
e é por isso que eu digo:

Se as pessoas não respeitam nem a vida dos animais,
o que falar em respeito aos humanos?

Nada!
A maioria não tem um pingo de vergonha de sua crueldade,
alguns sentem pena, mas não falam...

E os poetas que reconhecem isso estão aqui para dizer tudo
mesmo que envergonhe
a maioria do povo brasileiro,
nascemos para isso mesmo...

Desejo

Desejo profundo,
algumas vezes inevitável...
fora descoberto durante a noite,
em que imagens distorcidas me fazem lembrar
que eternamente, vou te amar...

Posso te sentir realmente,
mesmo como se fosse um sonho,
posso reviver meu desejo
dos quais, algumas vezes,
envergonho-me...

Desejo profundo,
que tantas vezes me pegastes de surpresa,
pois nos braços de meu amor,
sinto-me mais especial que sua realeza...

Quero te sentir realmente,
mesmo tendo nascido de um sonho,
que se realizas virtualmente,
à distância, meu amor,
não te sinto como no sonho...

Então, me pergunto mentalmente:
Para que amar
se realmente,
o meu desejo profundo
está longe de se realizar?

Tarde

Talvez seja tarde demais,
para buscar por um objetivo
pelo qual, a vida nos guia para realizar...

Talvez seja cedo,
mas os anos se passaram rápido demais,
pois na vida pode ter me mostrado o amor
e eu o ignorei em dias de paz...

Não sinto fazer diferença
se a falta de sentimentos
no amadurecer de minha vida
fora-se em vão,
por dentro ainda sou criança,
por fora,
podem me considerar um bebê chorão...

Talvez seja tarde demais
para buscar pelo amor,
pois muito tempo de minha vida passara
desde que tudo terminara,
posso me julgar,
uma rosa solitária em um jardim,
triste e sozinha...

Estou no término de minha vida
e aos 18 anos, consegui enxergar,
que a vida não importa
se não sou livre para amar...

Para amar o ser de meus sonhos
pois essa pessoa real ou imaginária,
tenho certeza de que me ama,
cobre-me de beijos
e dentro de mim, acende a chama...

Isso me mantém viva,
mesmo sabendo que a realidade
é impossível de se modificar...
pois minha vida morre no sonho
do qual não quero acordar jamais...

A felicidade é difícil de encontrar
neste mundo desumano dos humanos,
sei que ninguém é perfeito
de criar o mundo dos sonhos...

Nada pode modificar
esse cenário que para mim
é tarde demais para correr atrás
da esperança de um mundo
que pode viver em paz...

Anjos

Que nos rodeiam
em forma de sentimentos,
algumas vezes são representados por pessoas
que tanto bem nos fazem a vida
e da vida, nos levam a eternidade...

Representados por sentimentos,
simples humanos se vistos por fora
mas se enxergados com os olhos do coração
são mais importantes, em momentos de solidão...

Não falo daqueles que tem asas
e acima da cabeça, uma auréola dourada...
apesar de ter a mesma importância
esses anjos de que falo,
são tão importantes para mim
como os anjos celestiais
são para Deus...

Representados por pessoas,
que algumas vezes ficam muito por perto
apenas para ter certeza de nossa segurança,
chamados de pais,
anjos que compartilham do mesmo sangue
e nos ajudam no caminho da vida...

Existem também anjos,
que podem ser representados por pessoas
com características e gostos
semelhantes aos nossos,
a eles, chamo de irmãos...

Pode existir também,
anjos por quem temos carinho maternal,
e esses anjos, apesar de não serem humanos como nós
conseguem ser como nós,
e os meus, tenho certeza,
de que seus nomes são
Petit Gateau e Marie Jolie,
anjos que alegram minha vida
tanto no céu quanto na terra...

Apesar da distância,
existem os anjos
que conquistaram nossos corações...
tem pessoas que tem eles por perto
mas o meu, ainda está distante,
sem diminuir seu valor...

Anjos nos rodeiam,
e meus amigos que aqui postam também
podem ser considerados assim...
Pois sem conhecê-los por aqui
a vida não seria nada para mim...

Opostos

Alcancei o paraíso,
acho que perdi o juízo...
tanto faz a razão
se me perdi na ilusão...

Já estive no inferno,
se é que podes me entender...
estou vivendo na solidão
de jamais te esquecer...

Podem parecer confusas
as palavras de fúria ditas a você...
apenas sei que estou confusa
por jamais te querer...

Alcancei o paraíso,
ao te conhecer e jamais esquecer...

Vivi o inferno,
ao te olhar e jamais perdoar...

Não me consideres indigna
se mesmo viva, jamais viver...
pois estou perdida entre os opostos
de querer e esquecer você...

Alcancei o paraíso,
envolvida em seu sorriso...

Perdi-me no inferno,
mas não desejo que seja eterno...

Amo-te
e para sempre vou te amar...
mesmo que a morte
possa um dia nos separar...

Sabes que és eterno
mesmo quando os opostos
brigam entre si,
pois você é a dádiva
que Deus sorriu para mim...

Only to love you

Apenas reconhecendo-o,
decifrando os seus sonhos,
buscas e anseios
pude descobrir
que sua vida
não fora em vão...
foi o anjo vivo
que me livrou da solidão...

Escuridão que guardava em meu olhar,
com medo dos homens
que viviam a me rodear,
posso estar enganada, mas
nunca desejei te odiar...

Apenas tendo-o
como simples amigo,
por início, fora como o julguei,
não revelastes teus sonhos
e não entendo como não adivinhei...

Só depois pude notar,
como eram doces
as palavras que vinha a me recitar,
desconheci o amor no começo
pois nunca tive o coração para amar...

Agora, apenas para relembrar
que a felicidade que vinha a desejar
está em suas mãos
apenas na felicidade que tenho,
somente por te amar...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Virtualmente conectados?

Mais um dia amanhecera, Vegeta espreguiçava-se, estava com o cabelo todo desarrumado, pronto para aproveitar mais um fim de semana sem fazer nada, a não ser deitar-se no sofá e assistir a um ótimo programa enchendo a barriga de cerveja gelada e. Chegando à sala, viu seu filho Trunks, sentado no chão e jogando o seu “Play-sei-lá-o-quê” (apelido que Vegeta dera ao Playstation), pôde ver que era um jogo de luta, mas, reunindo toda a calma que conseguira no momento, pediu:

- Trunks, eu quero assistir TV!

- E daí?

- Daí que você vai me deixar assistir agora, saia daí!

- Nem pensar!

- Com quem você pensa que está falando, seu pirralho?

- Com o meu pai velho e rabugento!

- Eu sou o príncipe dos Saiyajins, o melhor de todos!

- Se é tão bom, duvido que me vença em uma luta!

- É só marcar o horário e o dia, mas, não vai dar para ser hoje, porque eu estou exausto!

- Eu tô falando do meu Playstation!

- O quê? Esse treco que você implorou de joelhos para que eu comprasse?

- Sim! Aceita o desafio?

E Vegeta que não era lá de jogar fora um desafio, nem que fosse contra o seu filho, o qual ele considerava um desperdício de tempo, respondeu:

- Tudo bem, aceito o desafio!

Sentou-se no chão ao lado de Trunks e este lhe deu o joystick, Vegeta não tinha nenhuma idéia de como mexer naquilo, Trunks começou a dizer:

- É só apertar os botões, escolha um personagem!

Vegeta escolheu Seiya sem nem mesmo saber quem era Trunks escolheu Shiryu e começou a luta. Vegeta começou um tanto mal no início, levou muitos socos e quando estava quase morrendo, conseguiu se recuperar e, já se acostumando aos botões, conseguiu derrotar Trunks no primeiro round, o que o tornou campeão, ficou sorrindo com sarcasmo e dizendo:

- Não disse que venceria você, moleque!

- Na verdade, você não disse nada disso!

- Viu? É o que torna a minha vitória melhor!

Com a cara fechada, Trunks se levanta e vai até a porta, Vegeta ainda dando risada, pergunta:

- Aonde você vai? Contar para seus amiguinhos que o seu pai te venceu?
Trunks fechou os olhos por um instante, apertou a maçaneta da porta e disse:

- Já que se acha tão bom, quero ver se você vence de mim lá fora!

- Mas, não dá para levar o seu brinquedinho lá para fora e.

- Eu tô falando de luta real e não virtual!

- Fala sério, depois que eu te vencesse a sua mãe iria me matar!

- Está com medo de perder?

Trunks tocou no ponto fraco de seu pai, ele se levantou e disse:

- Nada disso! Um príncipe não deve ter medo de ninguém, verme!

Encaminharam-se os dois até lá fora, deram uma distância um do outro e começou a luta. Vegeta tentava atacar Trunks mas esse parecia prever seus golpes com antecedência, conseguia se desviar e ataca-lo . . . Assim que Vegeta caiu no chão exausto, perguntou:

- Mas, como é que pode o príncipe dos Saiyajins perder de uma criança tão imprestável como você?

- Acontece que a sua definição de príncipe é tão velha quanto o senhor, acho que já está na hora de se aposentar perdedor. . .

- Olha com quem fala seu imprestável!

- Olha com quem fala você, sou seu sucessor!

- É mesmo! Eu havia me esquecido!

Trunks caiu na gargalhada e foi para dentro, continuar a jogar sozinho enquanto Vegeta sentado no chão, repetia baixinho:

- Você que é perdedor, seu filho de uma p...

- Mãe, acho que o pai está te xingando daquele nome de novo!

Bulma sai de casa e dá uma surra em Vegeta.E o coitado, inconsolável, trancou-se em seu quarto e ficou se olhando no espelho, apenas repetindo:

- Seu velho, decrépito, burro!

"Cinco Minutos"

Era uma bela tarde na China, Shiryu estava caminhando lentamente até o pico onde Shunrey sempre costumava ficar quando ele não estava lá. Lá estava ela, ajoelhada em posição de oração. Shiryu apreciou-a em silêncio por um pequeno instante, mas, quem disse que durou? Shunrey abriu os olhos e levantou-se, olhou para Shiryu e ele sorriu. Shunrey corou quando Shiryu aproximou-se mais dela, ele tocou em seus braços e roçou seus lábios contra os dela e ela desvencilhou-se dele virando a cabeça e pedindo:

- Cinco minutos?

E saiu correndo até sua casa. Shiryu ficou onde estava, olhou para o céu, sorriu e disse:

- Aleluia! O grande dia enfim chegou!

Shunrey entrou correndo em sua casa e esbarrou forte em Dohko, derrubando o pobre velhinho no chão que, meio irritado, perguntou:

- O que foi? Vai tirar o pai da forca?

- Não, vou tirar a mim própria! Com licença!

E ela entrou correndo em seu quarto, deixando o pobre Mestre Ancião falando sozinho:

- É cada louco que me aparece! Onde diabo se meteu o Shiryu agora?

Nisso, Shiryu aparece de repente na porta meio ofegante e pergunta:

- Onde está a Shunrey?

- Trancou-se em seu quarto depois de me derrubar no chão! Você pode me explicar o que está acontecendo aqui?

- Não dá tempo! Eu vou lá com ela!

- Não vai não!

- Ué? Por quê?

- Acabei de receber um chamado de Saori para que você volte para a Grécia imediatamente. Ela está lhe esperando lá na Mansão Kido junto com todos os outros cavaleiros de bronze.

- Inferno! Por que aquela vaca não pode resolver as coisas sozinha?

- Isso eu não sei! Agora, acho que é melhor você ir e...

Dohko viu que escorreram duas lágrimas dos olhos e um sorriso meio apagado de Shiryu antes de ele se virar e sair correndo, sussurrando uma melodia de amor para si, no que ele sumiu no horizonte, Shunrey abre a porta de seu quarto vestida em um roupão e pergunta ao Mestre Ancião:

- Onde está o Shiryu?

- Precisou sair, recebeu um chamado de Saori e...

- Aquela vaca Kido, quem ela pensa que é e...

- Ele partiu chorando...

- Chorando?

- Também estava sorrindo...

- Sorrindo?

- E cantando...

- Cantando?

- Mas, porque queres saber?

- Não importa!

E ela se trancou novamente em seu quarto, olhando-se no espelho, começou a cantar:

“Pedi você
Pra esperar 5 minutos só
Você foi embora
Sem me atender

Não sabe o que perdeu
Pois você não viu,
Você não viu...
Como eu fiquei

Pedi Você
Pra esperar 5 minutos só
Você foi embora,
Sem me atender...

Pois você não viu,
Não sabe o que perdeu
Pois você não viu, não viu, não viu.
Como eu fiquei

Dizem que foi chorando,
Sorrindo, cantando
Os meus amigos,
Meus amigos, até disseram.
Que foi amando, amando.

Pois você não sabe,
Você não sabe
E nunca, e nunca,
E nunca, e nunca,
E nunca, e nunca,

Vai saber por que, por que.

Pois você não sabe
Quanto vale 5 minutos,

5 minutos na vida”


Um pouco sensibilizado com a música, Dohko deu leves batidas na porta e perguntou:

- Olha, se você quiser, eu posso ver o que o Shiryu perdeu. Bom, isso se você quiser e...

A porta se abriu e Dohko viu Shunrey abrindo o seu roupão lentamente e...
Dohko não agüentou e desmaiou, a visão do corpo de Shunrey com calcinha e sutiã preto foi demais para ele.

Na manhã seguinte, entrando na Mansão Kido...

Shiryu entrou correndo na Mansão Kido e perguntou para todos os seus colegas de bronze:

- O que diabos essa garota quer agora?

Seiya respondeu pelos outros:

- Também não sabemos, eu tive que passar a noite inteira no sofá!

Nisso, Saori sai bocejando do seu quarto e Shun pergunta:

- Por que você nos chamou Saori? Alguém invadiu o Santuário?

- Não, ninguém!

- Então porque nos chamou?

Um silêncio absoluto aconteceu antes de Saori responder:

- Bom, é que vocês, meus cavaleiros, irão ao shopping comigo!

Shiryu ficou mais nervoso ainda:

- E por que você acha que iríamos fazer isso?

- Ora, vocês vão me ajudar a escolher as roupas que eu irei usar...

- Usar aonde? No seu casamento com o Seiya? Ah, vá te catar!

- O quê?!

Saori corou na hora, Shiryu saiu porta afora, com certeza, para bem longe dali, para terminar o que começou, com sua querida e amada meia-irmã Shunrey...

"Resposta"

Sempre foram criados como irmãos apesar de não gostarem um do outro como tal, sempre foram amigos e jamais ligaram para outros comentários e nem mesmo sabiam do sentimento compartilhado que tinham um pelo outro, desde quando se conheceram na infância, tempos em que trocavam apenas olhares e palavras de afeto, como bons irmãos que nunca foram. Shiryu sabia que sentia algo dentro de si quando se encontrava com ela, mas, como era ingênuo demais na época, tudo o que conseguia fazer era escrever em um caderno em que não deixava ninguém mexer...

“Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou pra trás também o que nos juntou
Ainda lembro o que eu estava lendo
Só pra saber o que você achou
Dos versos que eu fiz
E ainda espero
Resposta.”

Shunrei sempre sonhava com Shiryu e, desde a infância seus sonhos foram revelando cada vez mais o que ela sentia por seu irmão de criação, por seu melhor amigo, por seu verdadeiro e único amor. Shiryu nunca teve muito tempo para ficar na China e sempre voltava ferido das batalhas. Uma única vez que ficou por mais tempo foi quando voltara cego e perdera por um bom tempo a esperança de recuperação...

“Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou?
Você está vendo o que está acontecendo
Nesse caderno sei que ainda estão

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que espero
Que os aceite em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante”

Aos 14 anos, Shiryu tornou-se um jovem que aprendeu a não temer a morte com o mestre ancião, sua infância passou tão rápido que ele esqueceu de perguntar ao seu mestre uma coisa, que pareceu não importar muito no início mas que agora faz uma falta gigantesca em sua vida...

“Bem mais que o tempo
Que nós perdemos
Ficou pra trás também o que nos juntou
Ainda lembro o que eu estava lendo
Só pra saber o que você achou

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que espero
Que os aceite em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante”

Shiryu esqueceu-se de perguntar para seu mestre qual seria o verdadeiro valor que a falta do verdadeiro amor faria em sua vida antes de partir para mais uma das inúmeras batalhas que participaria em sua vida porém, não faria diferença a resposta dele, já que ele transformava a saudade que tinha de Shunrei por um novo e maior motivo para ele sempre lutar e vencer e poder voltar para perto dela...

“Desfaz o vento
O que há por dentro
Desse lugar que ninguém mais pisou?
Você está vendo o que está acontecendo
Nesse caderno sei que ainda estão

Os versos seus
Tão meus que peço
Nos versos meus
Tão seus que espero
Que os aceite em paz
Eu digo que eu sou
O antigo do que vai adiante
Sem mais eu fico onde estou
Prefiro continuar distante”

Shiryu acordara suando novamente, não estava com Shunrei, estava em um hotel pago por Saori Kido enquanto precisasse dele e dos outro quatro cavaleiros de bronze dos quais nem preciso mencionar os nomes, foi quando ele caminhou até a janela e olhou para o céu estrelado dizendo:

- Nosso dia ainda chegará Shunrei, e quando este dia chegar nem precisarei dizer-lhe o que farei porque pelo brilho que seus olhos azuis carregam, acho que não precisa de explicações...

Ao mesmo tempo, na China, Shunrei estava em seu quarto, olhando para o céu azul-escuro da janela de seu quarto, ajoelhada em sua cama disse quase como que num sussurro:

- Eu sei que sim, Shiryu. E neste dia, em que nossos olhares se encontrarem, estarei mais pronta do que nunca estive porque sempre amei e sempre amarei você.

Duas canções, três pessoas, um só sentimento

Nota da autora: As partes em itálico podem ser resumidas como pensamentos dos personagens, canções originais e spoilers da Saga de Hades ou de outra, ainda não sei o que vou colocar. Leiam e sintam-se livres para expressar sua opinião (isso ficou parecendo um tipo de oração, mas, que seja). Obrigada.

Pandora cantarolava uma melodia triste enquanto levava Ikki ao Muro das Lamentações, Ikki ficava observando-a muito, ela parecia estar focada em apenas uma coisa, Ikki perguntou:

- Costuma cantarolar sempre que leva alguém nos caminhos do Inferno?

- Mentalmente sim, senti que tinha esta liberdade com você agora...

- Se quiser cantar também, eu não me importo, sua voz me faz esquecer um pouco da realidade.

- Mesmo?!

- Sim.

Ikki percebeu que Pandora permaneceu com seu olhar frio (característica aparente de quem vive no Inferno). Pandora respirou fundo, fechou seus olhos e começou a cantar:

“It’s true, we’re all a little insane
but is so clear
now that I’m unchained

fear is only in our minds
taking over all the time
fear is only in our minds but its taking all the
time

you poor sweet innocent thing
dry your eyes and testify
you know you live to break me – don’t deny
sweet sacrifice”

Ikki se viu obrigado a interrompê-la naquele momento:

- Desculpe-me interrompe-la, mas, a música que está cantando agora...

- O que é que tem?

- Por um instante, eu achei que, não importa, continue a cantar.

Enquanto ela respirava fundo, Ikki se viu um tanto perdido em seus pensamentos...

“Essa música revela uma alma perturbada e triste, será esse o reflexo da irmã de Hades na época atual?! Será que Pandora nunca gostou de fazer o que o destino lhe foi dito?!”

“One day I’m gonna forget your name
and one sweet day, you’re gonna drown in my lost pain

fear is only in your minds
taking over all the time
fear is only in your minds but its taking over all the
time

you poor sweet innocent thing
dry your eyes and testify
and oh you love to hate me don’t you, honey?
I’m your sacrifice.”

Em certos momentos da canção, a palavra “sacrifice” levou a mente de Ikki a certo momento de seu passado, a perda que mais lhe afetou a adolescência, seu maior e mais verdadeiro amor que ia tomando forma naquela pessoa que lhe cantava neste momento, tanto foi que Ikki perguntou alto demais e de olhos fechados:

- Esmeralda?!

Pandora não compreendeu direito o que aconteceu naquele momento, mas, Ikki estava bem perto dela (a ponto de fazê-la corar aquele rosto pálido), quando ela falou foi como vê-lo acordar de um lindo sonho:

- Do que você me chamou, Ikki?!

- Desculpe, essa música, ela me fez lembrar de alguém e com você cantando agora, foi quase como vê-la, quase como tê-la e...

- Não deixe que essa falta enlouqueça-o.

- Não é loucura, e sim, o modo como ela foi morta pelas mãos do próprio pai adotivo.

- Conte-me essa história, ainda temos bastante chão até o Muro das Lamentações.

Ikki contou a Pandora desde o momento em que trocara de lugar de treinamento com o seu irmão e fora treinar na Ilha da Rainha da Morte e como conhecera Esmeralda, uma história de superação e amor mostrada apenas em flashes no início da primeira saga dos Cavaleiros do Zodíaco, ao fim de toda a história, Ikki piscou seus olhos para secar suas lágrimas antes que aparecessem, Pandora comentou:

- Esse cara deveria ser louco para matar a própria filha.

- Ela lhe custou apenas três sacos de farinha, maldito seja, Guilty.

- Esse era o nome do pai adotivo dela?

- Exatamente. Ela deixou de viver aos 13 anos e eu derrotei o maldito para ser digno da armadura de fênix, foi aí que acabou o duro treinamento naquele local.

- Queria ter o poder de fazê-la reviver para você e...

- Continue a cantar, essa música me lembra muito ela e, não, melhor ainda, me conte sobre você.

- Por quê?!

- O modo como você canta, parece ter algo a ver com você também, conte-me sua história...

- Não sei se posso, em uma situação dessas...

- Tente.

Pandora respirou fundo, agora que tinha toda a atenção dele em si não poderia gaguejar, começou a falar, tal qual a realidade tinha lhe mostrado há alguns anos atrás...

- Eu, Pandora, nasci e cresci no Castelo Heinstein, perto de um lago e muita vegetação... Naquela época, minha família, os Heinstein, vivia em plena alegria e serenidade... Meu pai era um bom homem, e minha mãe, uma linda mulher, ela estava esperando outro filho...

Ikki pôde ver uma lágrima escorrer pelo rosto de Pandora, teve o impulso de afagar-lhe o rosto, confortar-lhe, tentar mostrar-lhe uma outra realidade, porém, segurou o impulso apenas para si e deixou que ela continuasse a história de sua vida:

- Cercada por incontáveis criados, nada me faltava. Mas, um dia... Sem querer, eu despertei o mal. Era uma velha casa, no ponto mais distante de jardim. Diziam que aquelas portas não se abriam há mais de 200 anos... Naquele dia, o pesado cadeado foi aberto por uma força invisível.Entrei na casa... Como que atraída por uma força maligna. Lá dentro só tinha uma caixa. Em cima dela, estava escrita a palavra “ATENA”... Assim que eu abri aquela caixa, sem pensar duas vezes. Tânatos e Hypnos foram libertados e me disseram que o espírito de Hades fora libertado e que iria ressuscitar no corpo de meu irmão, eu seria a responsável por comandar os 108 espectros, os dois me prometeram vida eterna. Logo que minha mãe deu a luz, todos os seres vivos que moravam no Castelo começaram a morrer inexplicavelmente.Tudo que estava ao redor do castelo começou a morrer assim como todos que se aproximassem, Hades demarcara seu território. Eu enxergava tudo em cinza. Mas quando vocês chegaram no inferno, eu me lembrei de tudo. Eu lembro que o céu é azul, a grama é verde... e o sangue, bem vermelho. Foi como se eu acabasse de ver o mundo com outros olhos, olhos reais...

Ikki assentiu com a cabeça e ao mesmo tempo, com o seu coração, os sentimentos de Pandora eram os mesmos pelos quais ele e Esmeralda passaram nas mãos de Guilty. Novamente, o rosto de Pandora apareceu-lhe como o de Esmeralda, ele precisou fechar os olhos durante um momento e respirar, aqueles sentimentos estavam confundindo sua cabeça, suas lembranças... continuou escutando tudo o que Pandora contava-lhe:

- Fizeram com que eu e os espectros acreditássemos que o reino de Hades sobre a terra transformaria o mundo em um paraíso, e que todos os seus habitantes ganhariam a vida eterna.

Não demorou a vir o choro interminável, Pandora perdeu a força de suas pernas e ajoelhou-se no chão, continuou a dizer:

- Mas eu me pergunto se tudo aquilo não passou de uma miragem... Porque é provável que toda vida no universo vá desaparecer... como a minha família.

Ikki e Pandora já estavam próximos ao muro das lamentações que estava danificado e dava para atravessá-lo, graças aos últimos esforços de todos os lendários cavaleiros de ouro para ajudar Seiya e os outros que haviam passado por lá momentos antes. Ikki viu Pandora retirar um colar de seu pescoço e prendê-lo no pulso dele enquanto dizia:

- Leve isto aqui, e você poderá ir a qualquer lugar no mundo das trevas... Até mesmo na outra dimensão... É o único privilégio que recebi de Sua Majestade.

Ikki estava de costas para Pandora quando perguntou:

- E você? O que vai te acontecer sem esse amuleto?

- Pode-se dizer que eu traí Hades... Hypnos e Tânatos não me deixarão em paz.

Ikki virou-se para vê-la, seu sangue molhava o chão, sua respiração falhava e a imagem de Esmeralda morta, tomou forma no corpo daquela mulher naquele momento durante um tempo, ela estava com o terço de Shaka, onde faltavam apenas seis contos brancos. Ikki perguntou assustado com aquela situação:

- Pandora?! O que aconteceu?!

- Não se preocupe comigo... Vá logo... Aos Campos Elíseos! Mas... Não esqueça uma coisa... Os Cavaleiros do Zodíaco não devem cantar vitória só porque derrotaram os 108 espectros. Afinal, os mais terríveis são... Hypnos e Tânatos!

A respiração de Pandora ia falhando cada vez mais, ela continuou a falar:

- Em comparação a eles, até mesmo os três senhores das trevas não passam de crianças... Apesar de poderosos, eles nem de longe chegam aos pés dos dois. Mesmo que Hypnos e Tânatos estejam longe, matar não é problema para eles. Assim... Como os dois acabam de demonstrar... Neste instante.

A expressão de Ikki passou de preocupada para desesperada em segundos, segundos que pareciam horas demoradas para o tempo de vida que Pandora ainda conseguia ter:

- Não! É impossível! Levante Pandora! Eu vou te ajudar!

Nesse meio tempo, apareceram os espectros que restavam nas contas do terço de Shaka de Virgem, assim que eles foram derrotados por Ikki, todas as pedras escureceram inclusive aquela que representava a vida de Pandora ia escurecendo rapidamente, Ikki ajoelhou-se sobre ela e conseguiu escutar as últimas palavras de Pandora...

“I dream in darkness
I sleep to die
erase the silence
erase my life
our burning ashes
blacken the day
a world of nothingness
blow me away”

O resto da música ficou soando no vazio dos pensamentos de Ikki, seus lábios estavam próximos demais dos lábios dela, sua respiração também falhara quando ele deu em Pandora um primeiro e único beijo, um último suspiro bom do resto de sua vida e dela, com uma promessa valiosa coberta de lágrimas:

- Agora eu entendi, Pandora. Vou carregar comigo a sua tristeza e reduzir a pó os sonhos destrutivos de Hades!

No caminho, Ikki comparou as duas, Esmeralda e Pandora, as duas já viram o inferno em vida assim como ele mesmo o fizera durante tantas vezes ao morrer e renascer como a fênix fazia tantas vezes na mitologia. Em seu árduo caminho para uma longa batalha contra o corpo de seu irmão e a alma de Hades, Ikki cantava consigo mesmo, aumentando a voz de forma considerável em momentos em que o seu coração clamava por aquela que havia aprendido a amar apenas no Inferno...

“In this farewell
There’s no blood
There’s no alibi
‘Cause I’ve drawn regress
From the truth
Of a thousand lies
So let mercy come
And wash away

What I’ve done
I face myself
To cross out what I’ve become
Erase myself
And let go of what I’ve done

Put to rest
What you thought of me
While I clean this slate
With the hands
Of uncertainty
So let mercy come
And wash away

What I’ve done
I face myself
To cross out what I’ve become
Erase myself
And let go of what I’ve done

For what I’ve done
I’ll start again
And whatever thing may come
Today this ends
I’m forgiving what I’ve done

I’ll face myself
To cross out what I’ve become
Erase myself
And let go of what I’ve done

What I’ve done

Forgiving what I’ve done”

E, pensando nesta vez em Pandora, Ikki sussurrou ao vento uma mensagem para ela:

- Durma tranqüila, Pandora...

Fim?! Deste triste casal (ou trio) sim,
Mas, não é o fim desta batalha
E a luta contra Hades e a liberdade do corpo de Shun
Ficará mais claro no coração de Ikki
Pela triste despedida de Pandora
Junto com a lembrança do beijo
Que jamais se apagará...

Felicidade de dias que vieram e não ficaram

Felicidade seria que você ficasse comigo para sempre,
como num sonho que jamais se vai,
nosso destino revelou
que eu não te esqueceria jamais.

Éramos tão jovens naquele tempo,
são lembranças maravilhosas de tempos que se foram,
pode ter me esquecido, meu amor,
mas, eu jamais te esquecerei.

Felicidade de meus nove anos,
na segunda série do ensino fundamental,
éramos os únicos a ficar juntos,
um casal, que não teve o seu destino final.

Lembro-me que no último dia que fiquei naquele colégio,
em namoro você me pediu,
muito tímida, recusei,
não percebi que seria tudo por que eu sempre vivi.

Felicidade, onde estás neste momento?
Respondo que estás em meu coração,
que aquele menino loiro
vive em meus sonhos
e em momentos de solidão.

Solidão? Por que disse isso?
Estou contigo, não importa onde esteja,
sonhos vêm e vão,
e na realidade, espero te encontrar,
que assim seja.

Plano de existência

Não sou um robô, não sigo o programa...
sou livre para agir, sou livre para lutar,
não importando se isso volte para mim como uma chama...

Chama que pode queimar,
mas a qual as pessoas se acostumam...
não pode viver a vida
sem guardar ao menos
uma única ferida...

Desejo a liberdade,
cavalgar a alta velocidade,
com meus cabelos voando...

Desejo a liberdade
ao invés de ficar apenas sonhando...

Navegar fundo em minhas histórias,
me aprofundar nas fantasias...

Viver como a personagem das histórias,
que mesmo que sofra,
existe sempre um final feliz...

Viver com um amor,
viver com um desejo atendido,
de que o homem que restou
é e sempre foi, o meu melhor amigo...

Tudo há seu tempo

Meus olhos querem se fechar
e nunca mais abrir...

Minha boca quer beijar,
mas, não faz mais do que lhe sorrir...

Minha boca quer falar,
mas, não faz mais do que gaguejar...

Queria que amar fosse fácil,
mas é muito complicado
quando se ama sozinha...

Não posso compreender
porque longe de você estou morta...

Não tenho como saber
se sobrevivo sem você...

Minha boca não fala...

Minhas mãos não se mexem...

Meus atos não são suficientes?

Talvez não seja tolo o meu modo de pensar,
porque através de meus olhos,
o sonho vem se realizar...

Mas a realidade é sempre a mesma
e sempre,
sozinha continuo a estar...

Não vou dedicar-me somente às tolices que a vida me oferece,
porque o que interessa para mim é o amor...

Não me quer?

Vá para o inferno!

Mais longe do que eu já fui, eu não vou!

Talvez a minha personalidade seja severa demais,
mas eu me considero a última romântica
que já desperdiçou aqui todos os seus versos
por uma vida de amargura...

Talvez o meu destino seja ficar sozinha,
porque já passou a época dos príncipes românticos...

Talvez o amor seja apenas uma desculpa
quando se está sozinha...

Talvez a procura pelo amor seja inútil,
para quem já se arrependeu de tanto se sacrificar...

Não irei me render a qualquer um,
ainda insisto em amar...

Amarei quem tiver de ser,
mas tudo há seu tempo...

Se a vida não me der essa chance,
quem sabe, em outra vida?

"Mentiras"

Sango já estava farta de tanto que Miroki perguntava para garotas desconhecidas se elas gostariam de ser mães de filhos dele, ela afastou-se de todos sozinha, andando cada vez mais rápido até ninguém mais poder encontrá-la...
Passado algum tempo depois que Miroki parou de fazer perguntas insanas às garotas, Shipou perguntou:

- Onde está a Sango?!

- Ela estava aqui?!

Aquela pergunta de Miroki fez Agome responder de forma irritada:

- Não está vendo a Kirara ou é cego mesmo?! Que droga, Miroki!

Olhando para onde Kirara estava, viu que ela saiu correndo em uma direção, Miroki a seguiu e falou:

- Não me sigam que isso é assunto meu!

Miroki foi correndo rápido, chegou a perder o fôlego, parou antes de chegar até ela e a viu cantando, deitada na areia:

“Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família
Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos

Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha pra mim”

Um tanto sensibilizado com aquilo, Miroki chegou a soltar uma lágrima, percebendo isso, Kirara voltou a ficar pequena e correu até Sango que a pegou no colo, sentou-se e continuou a cantar:

“Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua
Eu vou publicar seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria

Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha pra mim

Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha pra mim”

No que ela acabou de cantar, Kirara correu até onde Miroki estava, Sango olhou para ele e perguntou:

- O que você está fazendo aqui?!

Aproximando-se, Miroki ajudou-a a se levantar e disse:

- Estava preocupado!

- É mesmo?! Não parecia estar assim cinco minutos atrás!

- Você sabe como eu sou...

- Sim, eu sei! Pode ir agarrar qualquer mulher por aí para ter filhos, eu não me importo!

- ... E, sabendo como eu sou, deve saber também que o único filho que eu desejo ter depois de derrotarmos Naraki será seu filho... Isso, se você concordar...

Sango fechou os olhos, não esperava receber aquela proposta dele, apesar de tê-la desejado a cada segundo que esteve ao seu lado, demorou um pouco a falar e Miroki disse enquanto andava:

- Se não quiser responder, não responda mas saiba, que por você, eu faria tudo!

- Espere, Miroki!

Miroki voltou a encará-la, ela perguntou:

- Deixaria de convidar diversas garotas a terem filhos seus por mim?

Miroki ficou um pouco vermelho e confuso e respondeu:

- Já disse, por você faço tudo!

- Tem certeza?! Não está tentando me confundir só para eu cair aos seus braços como qualquer uma?!

- Talvez seja meio complicado no começo mas, farei o possível para resistir às tentações...

- Se está falando sério, me prove!

Miroki enlaçou-a com o braço cuja mão não tinha o buraco do vento e a beijou... Surpresa e muito curiosa, Sango nem ao menos fechou os olhos de início, mas quando ele aprofundou mais o beijo, ela se viu sem saída e abraçou-a também, aproveitando todo o sabor e a intensidade daquele beijo que mesmo sendo o primeiro, seria eterno...

"Everything I do"

Depois de derrotar o cavaleiro Algol de Perseus, Shiryu voltou para sua casa e, ao chegar lá, Shunrey recebeu-o com um abraço para só depois notar nos olhos dele:

- Por que está de olhos fechados Shiryu?!

- Estou cego!

- Deixe-me ver seus olhos!

Shiryu abriu os olhos e deixou uma lágrima escorrer de um deles porque não fazia diferença mantê-los tanto abertos quanto fechados, sentiu que Shunrey abraçou-o e começou a chorar, Shiryu acariciou-a pelos cabelos e disse:

- Não chore! Ainda estou aqui, pelo menos!

- Sim! Graças a Deus! Vamos entrar?

- Me acompanhe até o pico próximo à cachoeira!

- Por quê?

- Me sinto relaxado quando estou perto da cachoeira...

- Que bom então...

- ...e de você!

Um pouco vermelha, Shunrey pegou-o pela mão e foi caminhando lentamente até o pico próximo à cachoeira, chegando lá ela disse:

- Aqui estamos!

- Eu sei... Senti a paz que vem daqui!

- Eu senti essa paz quando você voltou!

Shiryu moveu a cabeça na direção dela e disse com um sorriso:

- Parece que estamos ligados desde que nos conhecemos, não é mesmo?

- Sim...

- E você sempre estava ali, toda vez em que eu fracassava...

- E quando vencia também!

- Não houveram tantas vitórias em minha vida mas, ter você é a vitória que eu mais aprecio mesmo sem poder enxergar agora...

- Shiryu, eu...

- Não diga nada agora!

Shiryu surpreendeu-a com um beijo, ao se afastar, ainda com os olhos abertos, disse:

- Sente-se aqui comigo!

Ao se sentarem, um de frente para o outro, Shiryu tocou o queixo de Shunrey e começou a cantar:

“Look into my eyes
You will see
What you mean to me
Search your heart, search your soul
And when you find me there
You’ll search no more
Don’t tell me
It’s not worth trying for
You can’t tell me
It’s not worth dying for
You know it’s true
Everything I do
I do it for you

Look into your heart
You will find
There’s nothing there to hide
Take me as I am
Take my life
I would give it all
I would sacrifice
Don’t tell me
It’s not worth fighting for
I can’t help it
There’s nothing I want more
You know it’s true
Everything I do
I do it for you

There’s no love
Like your love
And no other
Could give more love

There’s nowhere
Unless you’re there
All the time, all the way, yeah

Oh, you can’t tell me
It’s not worth trying for
I can’t help it
There’s nothing I want more

Yeah, I would fight for you
I’d lie for you
Walk the wire for you
Yeah, I’d die for you

You know it’s true
Everything I do
Oh, I do it for you”

Depois que ele terminou de cantar, Shunrey o abraçou forte e disse:

- Não quero que você vá embora!

- Por enquanto, não posso ir...

- Eu cuido de você!

Shiryu fechou os olhos e sorriu, tocou no rosto dela e ela beijou a palma de sua mão, os dois levantaram-se e Shiryu carregou Shunrey no colo, assustada, ela perguntou:

- O que pensa que está fazendo?!

- Ainda não fiz, vou levar-lhe lá para dentro e ninguém vai me impedir de fazer algo que eu já deveria ter feito antes...

- Posso saber o que é?!

- Você já sabe...

Shunrey sorriu e fechou os olhos e assim que Shiryu entrou no quarto dele e deitou-a em sua cama, Shunrey teve certeza que mesmo que ele precisasse partir para a guerra novamente, iria lembrar-se dela e deste momento maravilhoso toda vez que caísse para conseguir forças para vencer e voltar para ela...

Karaokê no Japão Feudal

Japão Feudal
20 h.
Novo templo dos Exterminadores de Youkais construído logo após a vitória sobre Naraki...

- Já se passou muito tempo desde que ela foi para o tempo dela dizendo que voltaria logo com uma surpresa, acho que eu mesmo vou lá buscar ela e...

- Relaxa, Cara-De-Cachorro. Se ela não voltar por você voltará por mim.

- Cale a boca, Lobo Fedido. Eu já estou indo buscá-la!

- Pelo que eu me lembro, ela conhece muito bem o caminho da casa dela até o poço até aqui e...

- Ah, seu... Agora é que eu te mato mesmo!

Enquanto Inuyasha e Kouga rolavam na grama (não é no bom sentido, ok?), Shippou estava brincando com Kirara, Sango estava sentada em um degrau de madeira apoiada em seu osso voador e de um outro lado do templo estava Miroki, com o olhar preso no templo que ele ajudou a construir em três dias e três noites sem descanso e com a mente naquilo em que fora a real razão de ele ter sobrevivido à batalha contra Naraki e, antes mesmo de ele pensar em alguma besteira, ouviu a voz de Agome que parecia desesperada e correu para ver o que era, foi quando a viu correr até Inuyasha e Kouga (que continuavam a rolar na grama) e gritar:

- Vocês dois querem parar com a agarração?! Trouxe algo para comemorarmos a vitória contra Naraki.

Todos olharam para Agome naquele momento, Inuyasha e Kouga trataram de parar com a agarração e levantaram-se, todos se perguntavam como Agome conseguira trazer uma TV de 29 polegadas, duas caixas de som grandes e um aparelho que não conseguiram identificar sozinha porém, Inuyasha foi o primeiro a perguntar:

- O que é que são essas coisas que você trouxe?! Como você trouxe?! Isso faz parte da surpresa?!

- INUYASHA, SENTA!

Inuyasha foi de cara para o chão, Kouga teve vontade de rir mas foi reprimido pelo olhar duro de Agome, Sango que já havia se aproximado deles antes perguntou para Agome com certo desânimo:

- Pode nos explicar para que serve tudo isso, Agome?!

- Eu já vou explicar, se algum cavalheiro me ajudar com tudo isso... Coloquem no palco que foi construído em frente ao templo por ordem minha, por favor?!

Inuyasha respondeu:

- Eu adoraria ajudar, o único problema é que eu não ando a cavalo!

Ignorando a ignorância de Inuyasha, Miroki foi ajudá-la e pegou a TV de 29 polegadas sozinho sobre os ombros, ainda não havia tirado a sua luva porque ainda não estava acostumado a ter o Buraco do Vento curado. No que ele ia arrumando os equipamentos e ajudando Agome a ligá-los, Sango observava-o com um olhar de extrema admiração escondida pelo cansaço e pela timidez, no qual ele nem notou. No que todos os outros se juntaram ao redor dela, Agome começou a explicar:

- Meus pais me deram esse aparelho de karaokê assim que eu voltei para casa e eu quis usá-lo aqui com vocês.

- Mas, para que serve esse aparelho Agome?!

- Saberá no momento exato, querido Inuyasha.

Abaixou-se até que ficou da mesma altura de Shippou e perguntou:

- De que tipo de música você gosta Shippou?!

Contrariado, Inuyasha perguntou:

- E o que é que isso tem a ver com o que você trouxe, Agome?!

- Saberá no momento certo, Inuyasha. Responda-me Shippou.

- Bom, eu gosto da música “Mentirinhas” das Chiquititas e...

- Muito bem, eu trouxe os microfones também.

Agome mexeu em um controle que havia trazido também e deu um dos microfones para Shippou e disse:

- Então, cantaremos juntos. Agora!

E cantaram, porém, a nota que foi exibida no fim da canção fora 1.5, e notando o que era aquilo, Kouga já se colocou lá e pediu para que Agome colocasse a música “Who Let The Dogs Out” do Baha Men para cantar para tirar sarro de quem ele adorava irritar (vocês já sabem, não é mesmo?!), a nota dada pelo show que Kouga praticamente fizera sobre o palco fora 97.9. Para vingar-se (ou não?!), Inuyasha cantou a música “I’m Not Dog No” do Falcão e a nota dada a ele fora 98.8, satisfeito com sua nota, dera o microfone para Miroki que respirou fundo e cantou “Razões e Emoções” do grupo Nx Zero...

“Dizer, o que eu posso dizer
Se estou cantando agora pra você ouvir com outra pessoa
É que às vezes acho que não sou o melhor pra você
Mas às vezes acho que poderíamos ser
O melhor pra nós dois
Só quero que saiba
Entre razões e emoções a saída
É fazer valer a pena
Senão agora depois, não importa
Por você posso esperar”

Sango, que até aquele momento estava distraída olhando as estrelas, recebeu um cutucão de Agome e perguntou baixinho:

- O que foi?!

- Preste atenção no que Miroki está cantando.

- Eu tenho ouvidos, não tenho?!

- Não é bem isso que estou querendo dizer...

Agome suspirou e voltou a ver Miroki cantar:

“Sentir, o que posso sentir
Se em um segundo tudo acabar não vou ter como fugir
É que às vezes acho que não sou o melhor pra você
Mas às vezes acho que poderíamos ser
O melhor pra nós dois
Só quero que saiba
Entre razões e emoções a saída
É fazer valer a pena
Se não agora depois, não importa
Por você posso esperar, posso esperar...
Entre razões e emoções a saída
É fazer valer a pena
Se não agora depois, não importa
Por você posso esperar
Entre razões e emoções e emoções a saída
É fazer valer a pena
Se não agora depois, não importa
Por você posso esperar, posso esperar
Posso esperar, posso esperar...”

No que Miroki acabou de cantar a música, Sango viu que Kohaku saíra esfregando os olhos de seu quarto e foi até ele, nem ligou para a comemoração exagerada de Miroki que, no momento, fora o único a tirar nota 100 naquele aparelho divertido que Agome havia trazido de sua época. Kohaku perguntou enquanto bocejava:

- O que está acontecendo aqui?! O Naraki ressuscitou ou algo do tipo?!

- Claro que não, Kohaku. A Agome trouxe algo para animar-nos. Quer cantar?

- Posso?

- Claro que pode, vá em frente!

Kohaku foi cantar com a ajuda de Agome para colocar a música que gostaria de cantar, ele escolheu a música “Brincadeira de Criança” do grupo de pagode Molejo e enquanto cantava, Agome cochichava com Sango:

- O que você realmente deseja, Sango?

- Eu desejo a felicidade de Kohaku.

- Só tem um problema...

- Qual?!

- Ele só será totalmente feliz se você também for feliz...

- Mas eu estou feliz!

- Não é exatamente deste sentido que eu estou falando...

- Então responda logo, sobre o que é que você está querendo falar?!

- Quero lhe perguntar, Sango, se você acredita na proposta que Miroki lhe fez na aldeia das mulheres-ogro?!

Sango engoliu em seco e respondeu:

- Ele me pediu em casamento, eu aceitei e ele prometeu que isso só aconteceria quando a mão dele estivesse curada...

- A mão dele me parece muito bem.

Quando Sango corou e respondeu:

- Tudo tem o seu tempo, Agome e...

- Já está mais do que na hora de vocês se acertarem, se aceitarem como realmente são e pelo que realmente querem.

- Desculpe, Agome mas, eu sei o que devo fazer e sei exatamente qual será o momento, obrigada!

Kohaku acabara de cantar e ficou feliz em ganhar 98.7. Enquanto Sango ia colocando sozinha a música que iria cantar, Miroki cochichou com Agome:

- O que é que vocês duas ficaram cochichando enquanto o Kohaku estava cantando?!

- Sobre nada.

- Me diga agora, Agome.

- Por que você não pára e ouve o que Sango vai cantar?!

- Ela nem quis me ouvir direito, eu percebi tudo.

- Não foi bem isso que eu percebi...

Miroki olhou para Agome com olhar surpreso e ela sorriu, depois olhou para Sango, que começara a dançar no ritmo pop/rock da música “Pintura Íntima” do grupo musical Kid Abelha, percebera que ela estava fantástica com a sua roupa de exterminadora e quando a sua mente pervertida parou de funcionar, ele olhou para o rosto dela que sorria ao mesmo tempo em que cantava, olhando em sua direção:

“Vem amor que a hora é essa
Vê se entende a minha pressa
Não me diz que eu tô errado
Eu tô seco, eu tô molhado

Deixa as contas que no fim das contas
O que interessa pra nós é
Fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
Fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada

Larga logo desse espelho
Não reparou que eu tô até vermelho
Ta ficando tarde no meu edredom
Logo o sono bate

Deixa as contas que no fim das contas
O que interessa pra nós é
Fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
Fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada”

Ao fim da canção, a nota exibida fora 100 e, com um sorriso no rosto, Miroki foi até ela e a carregou no colo dizendo no microfone:

- Não nos chamem mais para cantar, acho que eu vou adiantar logo a nossa lua-de-mel, querida. Permite-me esse prazer?

A última pergunta ele perguntou para Sango que ela respondeu com três selinhos na boca dele, as últimas palavras que Miroki disse no microfone foram:

- É hoje que eu vou ter a certeza de que terei um filho com a mais bela das exterminadora de youkais.

E depois que eles entraram e a porta se fechou, a cantoria continuou lá fora enquanto lá dentro, declarações de amor cobertos de suspiros, gemidos e êxtase eram trocados entre dois eternos namorados.

"Rindo à Toa"

Era uma caminhada silenciosa que Ikki e Pandora estavam fazendo rumo ao Muro das Lamentações. Silenciosa demais na opinião de Ikki. Para quebrar o silêncio, ele perguntou à Pandora sobre toda a vida dela e a resposta veio entre lágrimas misturadas com recordações tristes. Ikki suspirou e disse:

- Tente reclamar menos.

- Como eu posso reclamar menos se a minha vida foi uma merda do meio até o fim.

- Sua vida ainda não acabou.

- Quando Thânatos e Hypnos me encontraram pela primeira vez, foi como ter o inferno nas mãos.

- E você o tem. Literalmente.

- Pensa que eu não sei?!

Quando viu que uma lágrima escorreu pelo rosto dela, Ikki ficou de frente a ela e disse:

- Pensa que eu também não tive uma péssima vida?

- Não duvido de suas palavras.

- Vou te contar a verdade, minha primeira namorada foi assassinada pelo pai adotivo. Sofri muito durante aquele tempo e transformei a minha tristeza em fúria. Destruí todos os meus sentimentos bons e isso só me fez mal apesar de ser fruto de algo que me fez tão bem: a amizade de Esmeralda.

- Amizade?! Pelo que você acabou de dizer ela parecia ser a sua namorada.

- Não deu tempo.

- Sinto muito.

- Não precisa sentir. Aprendi a transformar as minhas lembranças ruins em ensinamentos para minha vida como cavaleiro de Atena.

- Quais?

- Passei tantas vezes pelo Inferno que não havia outra forma de encarar.

- Diga-me. Estou com uma sensação estranha sobre isso...

- Limpe os ouvidos antes de escutar.

Ikki pegou-a para dançar e ela perguntou:

- O que pensa que está fazendo?!

- Confie em mim.

Pandora sorriu e ele começou a cantar enquanto olhava-a profundamente, decifrando e libertando todas as emoções boas que há tanto tempo estavam guardadas...

“Tô numa boa, tô aqui de novo
Daqui não saio, daqui não me movo
Tenho certeza, este é o meu lugar
ah ah

Tô numa boa, tô ficando esperto
Já não pergunto se isso tudo é certo
Uso esse tempo pra recomeçar
ah ah”

Percebendo um meio-sorriso se formando nos lábios tristes de Pandora (talvez o único entre tantos anos), Ikki também sorriu para ela e continuou a cantar...

“Doeu, doeu agora não dói, não dói, não dói
chorei, chorei agora não choro mais
toda mágoa que passei
é motivo pra comemorar
pois se não sofresse assim
não tinha razões pra cantar

há há há há há
mas eu tô rindo à toa
não que a vida seja assim tão boa
mas um sorriso ajuda a melhorar
ah ah

e cantando assim parece que o tempo voa
quanto mais triste mais bonito soa
eu agradeço por poder cantar
lalaia laia laia iô!!!”

Ao fim da música, os dois pararam de dançar e Pandora comentou, enquanto ainda sorria:

- Sabe, estava com a sensação de que iriam me matar em poucos momentos e...

Acho que não preciso dizer que a premonição da doce Pandora estava certa e, pelo menos neste songfic, suas últimas palavras para Ikki foram diferentes:

- Obrigada por tornar agradáveis os meus últimos momentos no Inferno. Sabia que um dia um daqueles gêmeos me matariam dessa forma...

- Sh! Não diga mais nada.

No que ela fechou os olhos, Ikki acariciou o rosto dela e beijou profundamente os lábios gelados daquela que nunca fora beijada antes e disse:

- Durma tranqüila, doce Pandora.

Deixando-a com o terço de Shaka, Ikki seguiu seu caminho, tendo sempre em lembrança o momento inocente em que tirara Pandora para dançar naqueles últimos momentos da vida dela que servirão como a lembrança mais agradável e recente de dois sarcásticos no Inferno.

Destinos e Incertezas de nossa Vida

Você é a minha Vida,
e eu ainda espero por ser a sua,
juntos dividiremos alegrias,
medos e angústias...

Somos duas pessoas simples
com Vidas opostas,
quero encontrar uma Solução,
algo que me dê as devidas Respostas...

Vou permanecer distante
do mundo real em que vivo,
retornarei após nos encontrarmos
meu doce, gentil e eterno amigo...

Penso em você
mesmo estando distraída,
pois, a realidade no sonho se modifica
e o pensamento se intensifica...

Somos pessoas insignificantes
enquanto separadas,
pois, na realidade não existe o Amor,
apenas pessoas encantadas...

Estamos encantador e amaldiçoados
porque é aqui que o sonho se complica,
pois, o sonho aumenta a distância
onde o meu e o seu coração habita...

Diga-me, Solidão:
por que os sentimentos bons existem
se o mundo está dominado pelos maus
onde nem todos os seres sobrevivem?

Talvez deva perguntar ao Destino
se meu amor irei conhecer?,
porque acredito que esta seria uma saída
deste mundo, onde luto para viver...

Você é a minha Vida
e Deus sabe disso,
nada foi por acaso...

Sou tua princesa,
tu és o meu príncipe encantado...

Diga-me Ilusão:
por que é tão difícil suportar a Solidão?
Responde-me que é o acaso do Destino
de dois corações enamorados...

Então responda-me Vida
para que alegre o meu coração:
quanto tempo levarás
para afastar-me da Solidão?

Talvez a Razão estivesse certa
quando alertou-me desde o início
de que o Destino seria cruel,
pois, a Vida mostra-me a Verdade:
nem todos os seres vão para o Céu...

Hoje tenho certeza
de que o Amor relaciona-se com a Dor,
espero que a Felicidade
me dê a Esperança de um futuro com você...

És o Céu que vejo!
És o Destino que almejo!
Não importa se estou distraída
jamais ignoro a minha Vida...

Posso permanecer presa
aos laços que me envolvem à você,
estarei feliz deste modo,
mesmo antes de retornar a te ver...

Amanhã será um novo dia
e tenho certeza de que lágrimas irão secar,
pois, nem todos os oceanos juntos
seriam suficientes para me afogar...

Mas, a Infelicidade irá estar comigo
enquanto o meu Amor não voltar,
pois, sem você em minha Vida
não há razão para o meu mundo girar...

Já não sei mais em quem confiar,
já se passou muito tempo
desde que você prometeu voltar...

De qualquer modo estarei aqui,
presa neste sono sem sonhos
e com o rosto molhado
de lágrimas a escorrer
e como já vim dizer:
na minha Vida não há Destino
sem você, meu Amor...

Anteceda meus movimentos,
faça parte dos meus sonhos...

Seja assim, como digo:
não me faça ter pensamentos medonhos...

Compartilhe da minha Vida,
quero o seu ser no meu ser...

Quero amanhecer envolta em seu abraço,
doce jeito de viver...

Estou perdida em meus pensamentos
porque caí na armadilha,
estou presa neste sentimento
porque acreditei na mentira
de que você voltou...

Como posso ser tão tola?
Como pude ser tão cega?
Encarei o Amor de forma errada,
como se fosse tudo o que me resta...

O Amor é tudo que me resta
se visto com os olhos certos,
levanto-me para a vida
com a certeza de que irei encontrá-lo...

A Felicidade da minha Vida,
o Amor que de ti espero...
Sinto aqui em meu peito
o sentimento que de ti almejo...

Te vejo refletido no brilho das estrelas
e faço um desejo ao Destino
sobre o que quero que aconteça:
livrai-me da Dor,
revelai-me o Amor...
Acredite quando digo
que meu Amor é o meu melhor amigo...

Um breve sonho antes de adormecer
e o brilho das estrelas vem me transmitir,
que mesmo distante
meu Amor sorri para mim...

Seu sorriso me transmite a certeza
de que, por maior que seja
o meu pequeno devaneio,
um dia estaremos juntos
dividindo o mesmo travesseiro...

Deus sorrirá às minhas preces
porque eu sobrevivi ao desafio,
sobrevivi longe do meu Amor
como um pequeno ponto no vazio...

Se meu Amor voltar
a Solidão me dirá adeus,
porque estarei envolvida em seu abraço
e tomada por sentimentos teus...

Contigo selei o meu Destino
e jamais serei tola de negar
que nunca abandonarei essa vida,
sempre irei te esperar...

E se não voltar? O que irei fazer?
Apenas lembrarei-me de ti refletido na aliança...
Jamais me entregarei à outra pessoa
que não tenha me visto crescer...

Se ainda voltar, aqui estarei...

Sou sua rainha,
tu és o meu rei...

O céu ainda está nublado
e receio que vai chover,
mas em meu coração brilha a Esperança
de você aparecer...

Destino, roubou-me a Felicidade
em troca da Liberdade
que foi a única saída
para não dizer-lhe a Verdade
e ocultar a minha real Identidade...

Amo-te e desejo-te,
foi assim que o Destino escreveu
que neste mundo
só restará você e eu...

Quero-te e desejo-te,
não importa o que o Destino decida...

Os sonhos permanecerão em minha memória
até o fim de nossa vida...

Amor além da vida

Não importa o quanto a vida dure...
diziam os sábios
que o amor é nada mais que um jardim,
que cada casal de namorados
deve cultivar até a vida acabar...

Inspirada nisso, observo poetas
algumas vezes, com dúvidas incertas
sobre o sentimento de seus corações,
dos sonhos contidos
em tristes ilusões
e algumas vezes
em doces sensações
compartilhadas com amigos,
amores
ou inimigos...

Mas para um poeta,
a verdade que sempre estará em seu coração,
é a verdade do amor,
o amor além da vida
que salva os anjos-poetas da solidão
e algumas vezes
inclui outros mortais
na salvação
relacionados com outros poetas,
sem temer a ilusão...

Ilusão de noites vazias,
no céu que nos abriga...
da felicidade que eu diga
que completando meu coração
conquistou e realizou meus sonhos
de clarear a noite
e livrar-me da solidão...

Mãe

És o anjo que ilumina minha vida.
És a alma que ao meu lado caminha.
Uma pessoa de quem jamais esqueço o nome
mas, chamo-a sempre por mãe.

Meu amor por ela é incondicional
mesmo que eu não demonstre como deveria.
Demonstrações materiais de amor não são
o bastante para resumir meu coração.

Contudo, mesmo que não demonstre
nem saiba como me expressar
quero que compreendas, mãezinha
que nunca deixei de te amar.

Apesar dos desentendimentos
e de toda chateação
ao mundo inteiro declaro
que és minha maior paixão.